O Brasil está vivendo um momento de recuperação econômica após a crise provocada pela pandemia de Covid-19. Segundo a pesquisa da 4intelligence, empresa que ganhou prêmio do Banco Central do Brasil como a instituição que mais acertou projeções em 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 2% no primeiro trimestre de 2023, superando as expectativas do mercado.
Mas o que chama a atenção nesse cenário é o desempenho da região Nordeste, que teve a maior alta no PIB entre todas as regiões do Brasil. De acordo com a estimativa realizada pela 4intelligence, o Nordeste teve um aumento de 5% no PIB no primeiro trimestre de 2023, após recuar 1,4% no trimestre anterior.
Esse resultado foi impulsionado principalmente pelo agrobusiness, que teve uma subida de 11,3% nas atividades do segmento. O Nordeste é uma região com grande potencial agrícola, sendo responsável por cerca de 20% da produção nacional de grãos, frutas e cana-de-açúcar. Além disso, o Nordeste também se destaca pela pecuária, pela pesca e pela aquicultura.
Outros setores que contribuíram para o crescimento do PIB nordestino foram os serviços e a indústria. O desempenho dos serviços cresceu 2,5%, refletindo a retomada do consumo e do turismo na região. A atividade industrial saltou 1,6%, após queda de 1,9% no trimestre anterior, mostrando sinais de recuperação da produção e do investimento.
A expectativa é que o Nordeste mantenha essa trajetória de crescimento ao longo do ano, com uma alta geral esperada de 1,1% no PIB da região. Esse resultado pode colocar o Nordeste como uma das regiões mais dinâmicas e promissoras do Brasil, gerando emprego, renda e desenvolvimento para a sua população.
A tabela abaixo mostra os setores que mais contribuíram para o crescimento do PIB no Nordeste.
| Setor | Variação no 1º trimestre de 2023 |
|---|---|
| Agrobusiness | 11,3% |
| Serviços | 2,5% |
| Indústria | 1,6% |
Os números da pesquisa em questão ratificam as projeções do Banco Central e do Ministério da Fazenda sobre o Nordeste registrar o maior crescimento do PIB em comparação às outras regiões do Brasil.
A tabela abaixo mostra a projeção das duas instituições.
| Região | Projeção do PIB em 2023 pelo Banco Central do Brasil | Projeção do PIB em 2023 pelo Ministério da Fazenda |
|---|---|---|
| Nordeste | 2,5% | 2,1% |
| Sul | 2,1% | 1,8% |
| Sudeste | 1,9% | Não informado |
| Centro-Oeste | 1,6% | 1,2% |
| Norte | 1,4% | 1,0% |
| Brasil | 2,0% | 1,9% |
O PIB é a sigla para Produto Interno Bruto, que é um indicador econômico que mede a soma de todos os bens e serviços finais produzidos em uma área geográfica durante um determinado período de tempo, geralmente um ano ou um trimestre. O PIB serve para avaliar o desempenho e o crescimento da economia de um país ou região, comparando os resultados com outros períodos ou lugares. O PIB também ajuda a identificar os setores que geram mais ou menos renda, os problemas e as oportunidades de investimento na economia.
O PIB é calculado de três formas diferentes, que devem chegar ao mesmo resultado: pela ótica da oferta, da demanda ou da renda. A ótica da oferta considera tudo o que foi produzido pela indústria, pelo setor de serviços e pela agropecuária. A ótica da demanda considera tudo o que foi consumido pelas famílias, pelo governo e pelas empresas, incluindo as exportações e importações. A ótica da renda considera todas as remunerações pagas aos trabalhadores, aos proprietários de capital e ao governo.
O PIB é um dos principais indicadores da macroeconomia, que estuda a economia como um todo. Ele é usado por governos, empresas e investidores para planejar e tomar decisões econômicas. O PIB também é influenciado por fatores políticos, sociais, ambientais e tecnológicos, que podem afetar positiva ou negativamente a produção e o consumo de bens e serviços. Por isso, o PIB é um termômetro da economia e da sociedade de um lugar.
Fonte: www.ne9.com.br
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